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    Comportamentos e motivos dos/as observadores/as de bullying: Contributos para a sua avaliação

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    Resumo: Abordagens recentes sobre o bullying escolar têm criticado o foco exclusivo sobre a díade agressor/a-vítima e indicado a necessidade de se analisar também os papéis que observadores/as podem desempenhar neste fenómeno — assistentes, reforçadores/as, defensores/as e outsiders (Salmivalli, Voeten, & Poskiparta, 2011). Neste sentido, o presente estudo procurou, com base no quadro conceptual da motivação para intervir em situações de bullying de Thornberg et al. (2012), compreender fatores que levam os/as observadores/as a ajudar ou não as vítimas de bullying. Um total de 481 estudantes, do 5º ao 9º ano, de quatro escolas da região de Évora, participou no estudo. Para a recolha dos dados foi utilizado um questionário composto de caracterização sociodemográfica e escolar, e por duas escalas relacionadas com a observação de fenómenos de bullying: Escala de Comportamento de Observadores de Bullying (ECOB; Thornberg & Jungert, 2013) e Escala de Avaliação e Sensibilidade Moral face ao Bullying (EASMB; Pereira & Melo, 2014). Os principais resultados sugerem a existência de quatro fatores que influenciam o/a observador/a a intervir ou não nas situações de bullying – Falta de Sensibilidade Moral Básica, Afastamento da Situação de Bullying, Empatia e Desengajamento Moral

    Perceções de suporte social e envolvimento na escola. Um estudo com adolescentes do 3º ciclo

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    O presente estudo enquadra-se no modelo de envolvimento do/a aluno/a na escola, de Lam e Jimerson (2008), e pretende identificar tipos de relacionamento benéficos ao/a aluno/a, analisando as suas experiências nas relações sociais bem como o impactos dessas mesmas experiências no seu envolvimento escolar. Desta forma, utilizando uma amostra de 324 alunos/as, de 3º ciclo, de duas escolas de um mesmo agrupamento da cidade de Évora, foram aplicadas duas escalas de autorrelato com o intuito de compreender a relação entre as dimensões do envolvimento na escola (Escala do Envolvimento do/a aluno/a na Escola — EAE-E4D; Veiga, 2013), e a perceção de suporte social do/a aluno/a (Escala de Suporte Social da Criança e do Adolescente — CASSS; Malecki, Demaray, Elliott & Nolten, 2000). Os principais resultados sugerem que existem correlações significativas entre o envolvimento do/a aluno/a na escola e a sua perceção de suporte social. De ressaltar ainda que as raparigas apresentam maior envolvimento cognitivo do que os rapazes, relatando também uma maior perceção de suporte social dos/as amigos/as. O envolvimento na escola parece diminuir ao longo dos anos escolares. O sentimento pela escola parece predizer um maior envolvimento na escola, sendo que os alunos das escolas apresentam diferenças no que se refere ao seu envolvimento mas não relativamente à perceção de suporte social

    Do Pré-Escolar ao 1º Ciclo do Ensino básico: (des)continuidades e primeiros impactos da transição

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    Resumo A transição entre o pré-escolar e o 1º ano do ensino básico, uma das primeiras e mais importantes transições de desenvolvimento e de vida, constitui um desafio para todas as crianças. A entrada na escola associa-se a um misto de expectativas e experiências, capaz de influenciar todas as transições futuras. Realizou-se um estudo com o objectivo de analisar as expectativas e as experiências desta transição, partindo de entrevistas semiestruturadas a 12 crianças do pré-escolar e 25 do 1º ano do ensino básico. As respostas foram analisadas a partir do software QSR NVivo 7 e das respectivas grelhas de análise de conteúdo. As crianças do pré-escolar apresentaram algum desconhecimento e expectativas desajustadas sobre o que vai acontecer com a entrada na escola e uma perspectiva mais simples da mesma; já as crianças de 1º ano descrevem mais claramente o seu confronto com a realidade, revelando mesmo algum “medo” do desconhecido e ansiedade, particularmente nos primeiros dias de escola. Estes resultados reflectem a acentuada descontinuidade entre o pré-escolar e o 1º ano descrita na literatura. Espera-se fornecer um importante contributo para a promoção das oportunidades oferecidas pela transição, através de intervenções e estratégias psicoeducativas adequada

    Ser estudante de doutoramento: A relação de orientação e a perceção de desenvolvimento pessoal

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    O presente estudo procurou analisar o impacto da relação de orientação doutoral (ao nível do tipo de relação e qualidade percebida da relação) na perceção de desenvolvimento pessoal (em termos de ganhos e perdas). Participaram neste estudo 308 estudantes de doutoramento de três universidades portuguesas. Foram utilizados três questionários: Questionário de Interação Estudante-Orientador/a (QIEO, acerca do tipo de relação; adaptado de Mainhard, van der Rijst, van Tartwijk, & Wubbels, 2009); Questionário de Relação com o/a Orientador/a (QRO, acerca da qualidade da relação; Melo, 2000) e o Questionário Processo de Doutoramento: Ganhos e Perdas (PDGP, sobre a perceção de ganhos e perdas desenvolvimentais; adaptado de Melo, 2000). Foram encontradas relações de influência entre a qualidade da relação e o tipo de relação sobre a perceção de ganhos e perdas

    Engagement and Well Being of Students of Vocational Education

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    Recently, it has been observed an increased theoretical interest and research in relation to the engagement of the student in activities and school contexts, as a possible explanation for the high dropout rates and poor academic results. It is, therefore, that joining this theme so actual and complex of understanding is a risky decision but simultaneously also innovative and rewarding because of the contributions that may arise. Anchored in the theoretical framework of the engagement of Jimerson & Lam (2008) model, this article reflects part of the study conducted under the engagement of students in vocational education at school. Given this multidimensionality, we sought to understand the possible changes of causal variables: well-being and engagement. This option builds on the theoretical evidence and it shows that is extremely important to study the influence of various factors on the existence of more or less well-being and ability to adapt to each subject. Connecting with other constructs such as engagement, since this is a key means by which the students develop feelings about their peers, as his/her teachers and the institutions that give direction of connection and belonging affiliation, while simultaneously offering them opportunities for learning and development. One can, then, empirically conclude that if his/her adaptation is viewed positively, the consequences to the well-being level will be emphasized. Since working this connection (with the engagement), there is an interaction between the emotional and cognitive processes, that is to say, if on one hand the emotion cognitive processes are activated, on the other hand, the emotion also influences the type of information processing the individual runs, which has behavioral implications. In Portugal, and as a way to integrate the prospects of conceptualization of the construct of well-being, Bizarro built a model that served as the basis for the development of an instrument to assess psychological well-being in adolescence, a multidimensional model that includes subjective components which include emotional and cognitive areas. Looking, then, to understand the relationship between engagement and well-being there were used the scale the Student Engagement in School - EEEE (2012 version) and the Scale of Psychological Well-Being for Adolescents (EBEPA). Linear regression model, with the assumptions of normal distribution and homoscedasticity of residuals were validated through the interpretation of PP and Scatterplot graphs were created. In what concerns to the model (dependent variable: psychological well-being independent variable engagement), it appears that it is a fitted model F (4) = 125.444, p = 000 (statistically significant regression). With the exception of engagement, all variables are considered statistically significant for explaining the psychological well-being. At the level of multicollinearity and the values of tolerance and VIF is concluded that there is a given R2a =, and R2 = 494, 498, the linear regression explains 50% of the variance, that is, a good percentage (half) of the variability of the psychological well-being (F (4) = 125.444, p =, 000). These data allowed us to understand the relationships that are established between the study variables, however, it is necessary to investigate further more the multidimensionality of engagement

    Observação de Bullying: Avaliação, sensibilidade moral e motivação para ajudar as vítimas

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    Enquadrado numa investigação mais ampla que pretendia identificar os tipos de comportamento prevalecentes nos/as observadores/as das situações de bullying e os motivos que os/as influenciam a intervir ou não em tais situações, foram objetivos deste estudo: 1) Verificar a existência de diferenças de género e de idade nos tipos de comportamento face às situações de bullying e nas razões que levam os/as observadores/as a intervir ou não; 2) Analisar a relação entre os tipos de comportamento dos/as observadores/as e os motivos que os/as influenciam a intervir ou não. Participaram neste estudo 481 estudantes, do 5º ao 9º ano de escolaridade. Os resultados evidenciaram a existência de diferenças de sexo e de idade, quer nos tipos de comportamento face ao bullying, quer nas razões que influenciam a decisão dos/as observadores/as a intervir ou não nas situações de bullying

    Student’s engagement with school: contributions for conceptualization, characterization, evaluation and promotion

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    Partamos de uma inquietação contemporânea. Porque será que numerosas investigações constatam que os/as alunos/as gostam da escola mas não das aulas? (Machado Pais, 1999). Que dinâmicas relacionais (aluno/a, professor/a, conteúdos curriculares, contexto) o justificam? Certamente que a forma como os estudantes se envolvem na escola poderá ajudar a explicar estas questões. Mais, são estas mesmas que determinam a actualidade do conceito “students engagement with school”. Tradicionalmente traduzido como envolvimento dos estudantes na escola, tem sido largamente estudado, investigado em diversos países e entendido como possível solução para o baixo desempenho académico, baixa participação na escola e para o abandono escolar, fenómenos ainda característicos de parte significativa da população estudantil portuguesa. A complexidade e abrangência do conceito determinam a existência de inúmeras definições e conceptualizações do mesmo (Appleton, Christenson, & Furlong, 2008), algo que funciona simultaneamente como uma potencialidade e uma limitação. Neste âmbito evidenciam-se três tipos de modelos explicativos do envolvimento dos estudantes da escola. Um inicial que o relaciona com o abandono escolar (Finn, 1989). Outro que o associa a dimensões motivacionais (Martin, 2007). Finalmente uma linha mais recente que lhe identifica diferentes componentes (cognitiva, comportamental e afectiva) e que o relaciona com os resultados escolares e com o ajustamento psicológico dos estudantes (Appleton, Christenson & Reschly; 2006; Appleton, Christenson, & Furlong, 2008; Lam & Jimerson, 2008) Este artigo pretende apresentar e discutir diferentes propostas de caracterização e conceptualização do envolvimento dos estudantes na escola, bem como práticas que visam a avaliação e promoção do mesmo

    Envolvimento do estudante na escola e autoestima: Um estudo com alunos do 2º e 3º ciclos

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    Resumo O envolvimento dos estudantes nas escolas é um constructo multidimensional que integra dimensões afectivas, cognitivas, comportamentais de ligação à escola. Este constructo tem despertado um interesse crescente no campo da Psicologia e da Educação, sendo considerado como uma solução para alguns dos problemas (baixo desempenho académico e abandono escolar) que afectam muitas escolas. A investigação tem mostrado que envolvimento exerce uma influência importante, quer nos resultados académicos, quer nas questões comportamentais e de funcionamento emocional dos alunos. Alguns autores (Lam & Jimerson, 2008) consideram que as três dimensões do envolvimento são fortemente influenciadas por factores contextuais e pessoais. Tendo em conta este modelo, foi elaborado um estudo que visa aprofundar o conhecimento relativamente ao envolvimento dos estudantes na escola e sua relação com os factores pessoais, designadamente com o autoconceito e autoestima. Para este estudo foram utilizados o Inquérito acerca do Envolvimento dos Estudantes na Escola (Veiga, 2011) e a versão portuguesa do Self-Perception Profile for Children (Harter, 1999) a uma amostra de 255 estudantes de 2º e 3º ciclos de uma escola de Évora. Nesta comunicação serão apresentados os principais resultados deste estudo, no que se refere à relação entre o autoconceito e autoestima e as dimensões do envolvimento

    Contributos para o estudo do processo de doutoramento: relação de orientação e perceção de desenvolvimento pessoal

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    Apesar do estudo dos processos educativos no ensino superior ser um tópico bastante explorado pela psicologia, o estudo do processo de doutoramento parece ter sido relegado para segundo plano ao longo dos anos. Assim, a análise dos processos inerentes ao percurso do/a estudante de doutoramento, revela-se um dos tópicos cuja necessidade de investigação futura é mais premente. Para este estudo podemos admitir duas variáveis fundamentais, derivadas da análise da literatura existente: o desenvolvimento do/a estudante de doutoramento (em termos de ganhos e perdas) e a qualidade da relação entre orientador/a e orientando/a. Para estudar este tema pretende-se analisar o tipo e a qualidade da relação entre o/a estudante e o/a seu/sua orientador/a, e, posteriormente, perceber qual a importância desta relação para a perceção de desenvolvimento do/a estudante. Nesta comunicação será apresentada uma breve revisão da literatura sobre a temática, bem como os procedimentos preliminares deste estudo com estudantes de doutoramento portugueses. / The study of educational processes in higher education seems to be a topic extensively explored by psychology. However, the study of the doctoral process seems to have been relegated to the background over the years. Thus, the analysis of the processes inherent to the PhD student course proves to be one of the topics on which further research is necessary. For this study, we can assume two basic factors deriving from the analysis of the existing literature: the development of the PhD student (in terms of gains and losses) and the quality of the relationship between supervisor and student. To study this issue we intend to analyse the type and quality of the relationship between the student and his/her supervisor, and then realize how important this relationship is for the perception of development. In this communication we will present a brief revision of the literature on the subject, as well as the preliminary procedures of this study with Portuguese PhD students

    Aprendizagem: Perspetivas Sócio-Construtivistas.

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    Este capítulo pretende analisar os contributos das perspetivas socioconstrutivistas para os processos de ensino-aprendizagem e de construção do conhecimento. Num primeiro momento, faz-se uma clarificação dos vários conceitos, examinando os contributos dos vários autores na sua evolução histórica e concetual. Apresentam-se os vários modelos construtivistas de aprendizagem, do construtivismo cognitivo ao construtivismo radical, passando pelo construtivismo social, analisando sucintamente as suas diferentes dimensões teóricas e os contributos dos vários autores para uma definição destes modelos. Seguidamente, é dada particular atenção aos diferentes modelos teóricos que enfatizam o papel dos contextos sociais nos processos de aprendizagem, designadamente: 1) O modelo da ecologia do desenvolvimento e os contributos da teoria de Bronfenbrenner, com os seus conceitos de microssistema,mesossistema, exossistema e macrossistema e as interações entre esses sistemas; 2) A teoria social cognitiva de Bandura, com particular realce para os conceitos de determinismo recíproco e crenças de autoeficácia; 3) As perspetivas do construtivismo social, com as contribuições de Vygotsky e o seu conceito de zona de desenvolvimento próximo. Depois desta exposição, é proposto um modelo integrador das várias conceções construtivistas e apresentam-se algumas aplicações pedagógicas baseadas nestas perspetivas. Num segundo momento, faz-se uma breve revisão de investigações educacionais efetuadas no quadro destas perspetivas teóricas, realçando as suas principais contribuições para a prática educativa. Finalmente, propõe-se um conjunto de atividades de aplicação, com o objetivo de contribuir, não apenas para a re0exão em torno das perspetivas socioconstrutivistas de aprendizagem, mas também para a sua implementação em contexto de sala de aula. No $nal do capítulo, são apresentadas sugestões de leitura para aprofundamento das temáticas aqui apresentadas
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